sábado, 25 de agosto de 2012

Medalhas Olímpicas, para que?

Uma nação é feita de vários fatores e contingências. Uma é o território, que, no caso brasileiro, é amplo e diversificado, graças aos portugueses que o preservou integral em sua diversidade, ao contrário do império concorrente, o espanhol.  Outro ponto importante para um país é a língua. No Brasil, felizmente, não temos centenas de dialetos, como ocorre na África e até em países europeus, como a Itália e a Espanha. As línguas indígenas, que tínhamos até 1750, foi devidamente anulada a partir do Marquês de Pombal, que proibiu o seu uso para fins comerciais e civilizatórios. O que falta, então, para sermos uma grande nação? Dignidade e competitividade! 

Nas últimas Olimpíadas vimos o sucesso espetacular de países como Coréia e China, que à trinta anos não eram nada, hoje destronando os imperialistas ingleses, espanhóis e até norte americanos. Será que o povo brasileiro, essa nação com duzentas milhões de pessoas, não consegue estar pelo menos entre os dez países mais bem sucedidos nas Olimpíadas? O que isso significa?




Há uma campanha ideológica em curso, promovida pelas mídias do poder estabelecido, principalmente pelo pseudo Partido Comunista do Brasil, detentor dos cargos e verbas do esporte, questionando se valeria a pena a um país tão pobre como o Brasil, investir na formação de atletas, visando obter projeção internacional na conquista de medalhas olímpicas. Esse mote se deve ao novo fracasso da nação, em termos de competitividade esportiva na última edição do evento, em Londres, inclusive no esporte favorito do povão, o futebol, que amarelou de novo na final.

Pois bem, vamos por partes, como diria o popular Jack, o estripador. Em primeiro lugar, é preciso considerar que os países que obtiveram progressos impressionantes, melhorando em até mil por cento suas performances em menos de trinta anos, como Cuba, Coréia e China, não investiram na formação de atletas. Ao contrário, eles investiram na EDUCAÇÃO, processo ao qual incluíram a educação esportiva, ao natural, deixando com que a juventude praticasse o melhor em termos de educação física, propiciando quadras adequadas, pistas, ginásios, equipamentos, e tudo o mais que leva o iniciante a desenvolver-se até o nível de excelência. Eu visitei Cuba e vi quadras de atletismo, de basquete, de boxe, de futebol americano e etc, por toda parte. O governo cubano não elegeu apenas um programa de seleção dos melhores atletas. Isso foi apenas consequência de seu programa educacional público, onde os talentos haveriam de brotar espontaneamente, graças à intensa prática esportiva patrocinada pelo estado. Imagino que essa também tenha sido a realidade de países que avançaram muito, tipo Coréia e China, contra a nossa condição, que regredimos de uma situação que já não era nem perto da razoável. Por que isso acontece?




Vocês se lembram da demissão do antigo ministro dos esportes? Existiam milhares de ONGs por detrás do Ministério, recebendo dinheiro direto do Tesouro Nacional, em prestações de contas mais do que fajutas, atuando como laranjas do verdadeiro dono do pedaço, o comitê central do Partido Comunista do Brasil.  Este, ao se defender, argumentou que aquilo era coisa séria, a serviço do esporte brasileiro e da inclusão social de populações que necessitavam ajuda esportiva, e por aí vai. 

Todos os militantes petistas corporativos e todos os quadros do PCdoB repetiam a mesma estratégia, num arranjo papagaio que eles conhecem bem,assim como repetem hoje que o Mensalão foi apenas caixa dois para campanha eleitoral.  Lembro que a atual candidata a prefeita de Florianópolis, apoiada também pelo PT e uma plêiade de partidos de aluguel, usava a tribuna da Assembléia Legislativa para defender o burocrata de seu grupo político. Chegou a insinuar que era perseguido pela mídia, que os acusadores eram racistas, etc. Quando fecharam o acordo de que a boquinha continuaria com a quadrilha, digo, com a mesma turma, queimaram rapidinho o neguinho e o esconderam nalgum cargo secundário da burocracia do governo federal.  Me engana, que eu gosto! Pois bem, retornando à nossa pergunta central. A quem interessam medalhas olímpicas? 

E eu arrisco uma resposta: A todos os povos que conseguiram se organizar de modo competente, socialmente justo, ou no caminho da justiça, e que demonstram preocupação com sua juventude e, por isso,  investem no seu futuro.  Bem diferente da gestão do PCdoB em nosso esporte. O atual governador do Distrito Federal, quando era Ministro do Esporte, na gestão Lula, território então já pertencente aos pseudo comunistas do Brasil, este cidadão ficou hospedado num transatlântico na costa da Grécia durante uma Olimpíada (onde também estava a família real inglesa), enquanto nossos atletas estavam hospedados na Vila Olímpica, não tem?  Dá uma medalha pra ele. A da "cara de pau".




  

Nenhum comentário:

Postar um comentário