sábado, 2 de abril de 2016

LUZES DO CEDRO BAIXO DE BRUSQUE - "Era de AQUÁRIO e a despedida do MESTRE JESUS"


O Sol atravessa 12 
constelações zodiacais em um ano:
Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,
Escorpião,  Sagitário, Capricórnio, Aquário e 
Peixes.





ERA ZODIACAL - O que é isso ?


Signo, do latim signu quer dizer SINAL. Acredita-se que eles reflitam a relação entre o Ser Humano e a Terra, apreendidas através da observação de eventos e fenômenos naturais, desde o início da vida no planeta. Assim como o Signo de uma pessoa lhe atribui alguns protótipos naturais, que vão ou não corresponder depois à sua experiência real, as Eras também são regidas por Signos, que atribuem a elas características próprias de seu modelo cósmico, o que os astrólogos chamam de "órbitas de influência". 

A volta do sol em torno da Terra dura um pouco mais de 365 dias. Na verdade são quase seis horas a mais. Quando o sol passa pelo que seria a constelação de Áries, começa a primavera no hemisfério norte e o outono no hemisfério sul. É o início do ano zodiacal. A partir deste ponto a Eclíptica é dividida virtualmente em 12 partes, gerando os 12 signos zodiacais, 3 para cada estação do ano. Como essa volta dura um pouco mais do que os 365 dias “fixos”, a hora de início de um ciclo nunca será a mesma do ano anterior. Por esta razão, e por causa do giro que a Terra dá sobre o próprio eixo, como um pião - o ponto de início do ano zodiacal anda para trás 1 grau a cada 72 anos. Na verdade, este movimento retrógrado é tão lento, que para que o Sol se atrase o equivalente a um Signo completo, leva-se 2.156 anos. Esta é a duração de uma Era Zodiacal. Um ano sideral completo é a rotação retroativa do sol pelos 12 signos do zodíaco, ou seja, pelo conjunto das 12 Eras Zodiacais. Atrasando 1 grau a cada 72 anos, este grande ciclo leva 25.868 anos. É muito mais do que a história humana conseguiu registrar, e, no entanto, trata-se apenas de uma fagulha do tempo divino. O que nos resta concluir é que sabemos muito pouco sobre nós mesmos. O Homem é apenas um microcosmo do Universo, de modo que a afirmação esotérica "assim como é em cima, é embaixo", vem a ser uma das chaves para a humildade, algo necessário à compreensão de que a realidade vai um pouco mais além daquilo que vemos com os olhos. 



ERA DE PEIXES
A atual fase histórica da humanidade corresponde a transição da Era de Peixes para a Era de Aquário. A transição de uma Era para outra, também não é um evento fixo, com hora marcada. As características marcantes da era que se exaure, vão entrando em decadência e perdendo força, enquanto as da nova Era tentam se firmar e reunir poder para se tornar o novo paradigma, a nova ordem mundial.  Os dois mil anos passados na Era de Peixes viu o apogeu do cristianismo, principalmente no mundo ocidental. Talvez não exatamente como tenha sido projetado pelo Mestre Jesus, mas, conforme foi construído pelos homens. O cristianismo deu o azar de ter sido adotado pelo império romano como sua religião oficial, uma forma de combater as influências pagânicas que vinham das tribos bárbaras europeias, que afinal acabaram por destruí-lo. Nesta oficialização, muitos dos ensinamentos originais de Jesus já se perderam, substituídos pelas necessidades políticas de preservação do estado romano. Depois da falência de Roma, a igreja católica não ficou muito tempo unida. Logo o patriarca de Constantinopla, atual Istambul (Turquia), proclamou a sua independência de Roma, fundando a igreja do oriente, atual Ortodoxa. Em seguida vieram as reformas protestantes de Lutero e Calvino. Logo a dissidência do rei da Inglaterra. Todos estes "rachas" atendiam motivações políticas e comportamentais, e cada um ampliou um pouco mais as diferenças entre os diversos cristianismos. A superstição e os dogmas foram remarcados a cada novo momento histórico. Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos e a igreja ortodoxa teve que se reagrupar na Grécia e no norte da Europa, notadamente na Rússia, gerando mais cismas. A ordem era "Fé cega e faca amolada", usadas como ferramentas para o confronto político religioso. 

Embora Jesus tenha pregado o amor em sua plenitude, "não faças aos outros o que não queres que te façam", o que se viu neste período é a prevalência da intolerância em todos os níveis. Justamente ao contrário do protótipo de Peixes. Jesus foi o típico representante deste signo, que agrupa pessoas de natureza suave, compassivas, sensíveis aos sentimentos dos que os rodeiam, com posturas solidárias frente a qualquer tipo de problema, de boa índole, que se sacrificam pelos demais.  Não oferecem qualquer perigo ou ameaça, tal como o comportamento de Jesus ao chegar em Jerusalém na semana de seu sacrifício: seguido por uma multidão de andarilhos, ao invés de um exército; montado em um jumento, no lugar de um cavalo guerreiro, decepcionou os líderes separatistas judeus que o queriam para rei guerreiro, o líder que iria libertar Israel do jugo romano. Jesus, ao contrário, não estava nem aí. "A Cezar o que é de Cezar, a Deus o que é de Deus".  Sua postura mansa causou indignação em seu mais bem preparado apóstolo, do ponto de vista intelectual, o Judas Iscariotes; e talvez este tenha sido o real motivo da traição, e não os trinta dinheiros.

Desta experiência recente, se compreende que nem sempre o protótipo modelo de uma Era Zodiacal atinge os resultados esperados. Será que o cristianismo falhou em sua missão, junto com a Era de Peixes? O que podemos afirmar com certeza é que a humanidade saiu melhor para esta transição com Aquário. A idade de Peixes, governada pelo protótipo da mansidão e pelo planeta Júpiter, da benevolência e da filantropia, substituiu a idade de Áries, governada por Marte, o deus da guerra. Que o digam os impérios sangrentos que ocuparam o mundo dois mil anos antes de Cristo. 

Peixes, a era da ilusão baseada na Fé, abriu caminho para a era de Aquário, que tem características originais inventivas, científicas e místicas. Se Peixes tratava a religião como fé dogmática incontestável, em Aquário a religião estará a serviço da ciência, e vice versa. 



ERA DE AQUÁRIO
Desde os anos 1960, vem se formando uma onda que pretende modificar o atual estado de coisas da humanidade. O propósito não declarado nem formalizado deste movimento multi cultural é atingir um novo patamar de consciência, para uma nova forma de ser e agir, a serviço da vida no planeta. Não há aspecto do mundo moderno que não tenha sido tocado por esta visão de mundo, em diferentes planos como o artístico, o religioso, o ecológico, o psicológico, o econômico, o político, etc. Este movimento ganhou inclusive uma marca: NOVA ERA. Desnecessário se torna dizer que o nome desta nova era é AQUÁRIO. 

Segundo alguns astrólogos e astrônomos, o Sol começou a viajar no grau inicial da constelação aquariana há mais ou menos 150 anos,  justamente quando no campo religioso as figuras de Kardek e Blavatsky começaram a juntar de novo Oriente com Ocidente. Aspectos dessa união podem ser verificados quando o cristianismo começou a trabalhar com os conceitos de reencarnação e karma, tradicionalmente repelidos pelas igrejas convencionais no ocidente, enquanto o budismo oriental lança bases de estudos para aspectos racionais e científicos, que ajudam a explicar o mundo.   Nos últimos cem anos, se produziu mais pensamento e mais inovação do que em toda a história da civilização.  O foco do ser humano está deixando o plano físico e se elevando para o mental-espiritual. O mundo ocidental aprendeu a fazer meditação e o oriente está fabricando automação industrial. Isto nada mais é que o espírito de Aquário se impondo como o novo padrão. 

Sendo Aquário um signo de ar, científico e intelectual, a religião preponderante haverá de ser não dogmática, aberta e tolerante. O Sol adentrando paulatinamente mais para o centro da constelação aquariana, a Terra tenderá a visualizar melhor a transmissão das ondas espirituais, e não é difícil imaginar que se encontre uma explicação científica para a vida depois da morte, unindo ciência e religião. O medo da morte, uma das principais causas do desespero humano, será coisa do passado. A física quântica já está colocando abaixo as barreiras entre tempo e espaço. A medicina da nova era haverá de ser humana e espiritualizada, sem deixar de ser científica e racional. Neste sentido, estamos vendo o sucesso que fazem os pensadores, filósofos, religiosos e cientistas orientais nos principais países do ocidente, especialmente os indianos nos Estados Unidos e Europa. Há uma verdadeira integração de conhecimentos, inclusive religioso. O Papa Francisco de hoje não tem nada a ver com os Papas de cem anos atrás. "Haaa, mas tem o Estado Islâmico, os ditadores africanos, a fome e as demais desgraças pelo mundo afora". É verdade. Vamos levar mais uns 500 anos para chegar no apogeu de Aquário. Sim, haverá fome e ranger de dentes. Não pensemos que as forças das sombras se entregarão sem resistência. Mas, o caminho será trilhado. É a Lei.



A "ÚLTIMA CEIA" como TRANSIÇÃO


No ano de 1495, Leonardo da Vinci começou a pintar sua última obra para seu patrocinador, um nobre da cidade italiana de Milão. Era um afresco na parede da sala de refeições de um mosteiro na cidade. Chama-se "A Última Ceia" e retrata o Mestre Jesus em seu último encontro com os apóstolos. A obra é muito significativa como expressão das possibilidades de transição entre vários mundos e realidades. Jesus está no centro e, para cada um dos lados se reúnem dois grupos de apóstolos a conversarem,  dois do lado escuro da sala (inconsciente, signos de meses frios) e os outros dois grupos no lado claro (consciente, signos de meses quentes no hemisfério norte). A cada signo do lado claro, corresponde um signo do lado escuro. Por exemplo: Leão, representado pelo segundo apóstolo da direita de Jesus no lado claro, é o signo do coração por excelência. Tiago Menor abre os braços em expansão, como raios, já que é regido pelo Sol. Completamente fiel a Jesus, não lhe parece cabível que o Mestre possa ser traído por alguém. Já seu oposto está representado pelo segundo apóstolo da esquerda para a direita, no lado escuro. Tiago Maior representa Aquário, o signo do cérebro. Ele está conspirando no ouvido de André, enquanto toca no ombro de Pedro, conclamando ambos a se juntarem, afim de fazerem a Revolução. Enquanto Leão se veste totalmente de verde, a cor da lealdade e do amor incondicional, Aquário se veste totalmente de vermelho, a cor da paixão. Isso evidencia que cada lado tem sempre seu oposto e que a evolução está no equilíbrio.
Ao final da sala em perspectiva na obra, há três janelas abertas para o céu. Jesus nos convida a sair por aquelas janelas, mas, para fazer isso, a passagem ter que ser através dele, "ninguém vai ao Pai, a não ser por mim", ou seja, a porta para a libertação dos limites, impostos pela distorção ambígua dos lados conflitantes, é o AMOR. A lição que o Mestre Jesus tentou passar foi a do Amor, mas ele não conseguiu sucesso na sua implantação universal em seu tempo devido, embora as sementes tenham sido espalhadas. Aquário, a Era entrante, é regida pela casa dos ideais. Dos amigos que comungam das mesmas ideias. Neste sentido, a porta de passagem para a liberdade, continua sendo através do Amor.

Esta pintura representa o momento final de Jesus, antes de sua crucificação. Porém, é o momento em que se está também nascendo a Era de Peixes. A "Última Ceia" é a despedida de Jesus, para uma mudança de status. Sai do mundo dos "encarnados" para voltar para o "seu" mundo, provavelmente para o céu, o mundo átmico, dada sua condição espiritual. Nesta condição, ele não só tem poder para ir e vir na hora que achar necessário, assim como assumiu o papel de mentor espiritual da Era de Peixes. Então, na verdade, ele está se retirando pra valer apenas agora. Portanto, a "Última Ceia" pode ter sido concebida por Da Vinci, como representativa da transição de Peixes para Aquário.

Jesus não voltará mais. Pelo simples fato de que ele nunca se foi. Sua presença messiânica no mundo físico, deu-se por resolução divina e tinha o propósito de permitir um salto quântico da humanidade, no caminho da evolução. Este salto seria dado na Era de Peixes, e, como proposta evolucional foi um sucesso.  Para quem a aproveitou. Com o fim da Era de Peixes, Jesus vai coordenar outras missões de Luz, talvez em outros mundos. Seu papel para a Terra será assumido por outros mentores da Era de Aquário, que representarão um Avatar específico para este tempo vindouro. Com certeza, o catolicismo e seu complemento protestante não será o guia para a nova religiosidade do novo ciclo. 

Quando estava na cruz, Jesus pronunciou sua fase final: "Pai, por que me abandonastes?". Este é um dos principais pontos de discussão entre especialistas e teólogos cristãos. Jesus teria perdido a fé? Na interpretação de alguns, Jesus, na sua condição de membro da santíssima trindade, podia visualizar o resultado de seu esforço pessoal, através dos tempos. Ali, na hora extrema enquanto encarnado, soube que uma grande quantidade de espíritos continuariam na ignorância pelas eras infinitas. Não aproveitariam a oportunidade de dar o salto para o Amor, de fazer a passagem evolucional. E Jesus se lamentava por isso. Se formos observar, de fato os espíritos humanos, encarnados ou não, se encontram em diversas fases de evolução. Há os que sequer saíram da terceira raça e permanecem num nível de evolução semelhante ao dos lemurianos. Outros ainda não saíram de uma Atlântida decadente da quarta raça. Mas, felizmente já há muitas almas iluminadas encarnando nos tempos atuais, em fases bem adiantadas da quinta raça, como certas crianças que estamos vendo chegar a este mundo nestes dias. A humanidade será sempre assim, multi facetada e incongruente em seus vários aspectos espirituais. Ainda que a salvação seja oferecida para todos, sempre haverá os espíritos que irão preferir continuar nas trevas.

Outro dogma cristão recorrente é sobre um certo julgamento final. Jesus não vai julgar ninguém. Há um julgamento, sim, mas ele é feito pela própria consciência de cada um. A cada novo patamar de evolução, sobe o nível de auto exigência espiritual. A cada nova oportunidade de reencarnação, há uma nova chance, com um novo projeto de vida, que depois será confrontado com o resultado final. Não há como fugir da responsabilidade. Evoluir é estar sempre olhando para si mesmo.






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